Cresce o número de pacientes de cannabis no Brasil, mas acesso ainda é limitado

Segundo o anuário da Kaya Mind inteligência de mercado, em 2023, 219 mil pacientes realizaram importação de produtos de cannabis de forma direta, para pessoa física, mediante prescrição médica, através da RDC 660, um aumento de 130% em relação a 2022.

Outros 97 mil brasileiros se abastecem de produtos fornecidos em drogarias, com registro ou autorização sanitária na ANVISA.

Já as associações de pacientes acabam atendendo cerca de 114 mil pessoas.
Estima-se que 6,9 milhões de pacientes brasileiros poderiam se beneficiar do uso da cannabis medicinal, o que representa 3,4% da população do país.

Não há dados suficientes para aferir a quantidade de pacientes atendidos por farmácias magistrais. Isso porque estas empresas precisam entrar na justiça para obter o direito de manipular produtos de cannabis, mediante prescrição médica, o que ainda causa oscilação e insegurança jurídica no setor.

Produtos importados de cannabis podem chegar a custar cerca de R$2089 reais. Produtos encontrados em drogarias podem custar até R$5316 reais.
77% das consultas médicas tem preços que variam entre R$251 a R$750.

Por isso, a Farmacann nasceu para lutar pelo direito das farmácias de ter um tratamento justo e igualitário na legislação e nos órgãos públicos que regulam e fiscalizam a cannabis medicinal no Brasil. Hoje proibidas de atuar pela RDC 327 da ANVISA, as farmácias não podem sequer fornecer produtos em suas embalagens originais com registro na ANVISA, além de estarem terminantemente proibidas de manipular mediante prescrição médica.

Caso sejam autorizadas a manipular, as farmácias de manipulação poderão oferecer os mais variados produtos, formas farmacêuticas, ajustes de dosagens, tudo isso com controle de qualidade, grau farmacêutico, segurança, eficácia e com custos acessíveis para quem precisa do tratamento.