Patologias e sintomas que podem ser tratados com a cannabis

Quando ouvimos falar sobre cannabis a primeira coisa que vem na cabeça é a planta que é considerada uma droga ilícita no Brasil, no entanto, o cannabis é uma planta usada para fins medicinais há milhares de anos.

Na década de 90, os cientistas descobriram o que ficou conhecido como sistemas endocanabinoides, ou seja, uma conexão entre células receptoras do corpo humano e células de substâncias extraídas da cannabis, quando usada em tratamentos médicos. No entanto, a aplicação medicinal de algumas substâncias presentes na planta passou a ser estudada por volta da década de 1960, quando foi possível separá-las e estudá-las individualmente.

Essas conexões podem influenciar sistemas básicos de regulação fisiológica dos seres humanos: o neurotransmissor, o imunitário e o endócrino. Já são mais de 20 mil estudos científicos publicados sobre o assunto.

Uso medicinal no Brasil

Um dos componentes da planta, o canabidiol ou CBD, está autorizado para uso medicinal no país desde 2014. No entanto, a burocracia e os altos custos se tornaram grandes impeditivos para a maioria dos pacientes que desejavam adquirir produtos com esse componente.

O assunto começou a ser debatido pelo legislativo brasileiro, e novas definições têm surgido, tanto em torno do uso da erva quanto de outro componente da cannabis que é bastante recomendado para alguns tratamentos. Os pacientes que vivem no Brasil podem adquirir medicamentos com os dois componentes, tanto na forma de xarope, óleos ou suplementos alimentares. No entanto, os produtos precisam ser comprados já prontos de outros países.

Mais detalhes

Tanto canabidiol quanto o delta-9-tetra-hidrocanabinol são chamados de fitocanabinoides. Os compostos, presentes na planta Cannabis sativa, são usados no desenvolvimento de produtos aplicados em tratamentos de diversas comorbidades.

Conheça mais detalhes sobre  cada um deles:
– O canabidiol, ou CBD, pode representar até 45% do extrato de algumas espécies da planta. Ele se destaca pelas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, ansiolíticas e antipsicóticas. Há ainda, diversos estudos que associam esse componente ao alívio da dor crônica e de sintomas de esclerose múltipla ou outras doenças crônicas, bem como o tratamento da epilepsia. Não possui propriedades psicoativas;

– O delta-9-tetrahidrocanabinol, ou THC, por sua vez, apresenta analgésicos e antiespasmódicos. Tem potencial efeito psicoativo. É uma substância com capacidade de contribuir para o relaxamento do corpo e da mente. Pode tratar esclerose múltipla e espasticidade severa em pessoas que não obtiveram resultados com outros procedimentos e tratamentos. Também atua como paliativo de efeitos adversos típicos da quimioterapia como náusea, vômito, déficit de sono e falta de apetite. Vem sendo estudado como potencial componente terapêutico em Alzheimer e estados de demência.

A diferença entre fitocanabinoides e canabinóides sintéticos

Conforme mencionado anteriormente, os fitocanabinoides são extraídos da própria planta Cannabis sativa. Mas existem também produtos medicinais produzidos a partir de componentes sintéticos: os canabinóides sintéticos. Ou seja, esses componentes podem ser produzidos artificialmente em laboratórios.

Os componentes sintéticos também são capazes de se conectarem com células receptoras do corpo humano. No entanto, eles não têm o mesmo efeito dos originais, e tampouco são tão potentes quanto. Por esse motivo, são recomendados para tratar náuseas e vômitos decorrentes da quimioterapia ou de pacientes com anorexia cuja causa seja alguma imunodeficiência.

Patologias e sintomas que podem ser tratados pelo cannabis

Confira a seguir a lista de condições e sintomas que podem ser tratados com o uso de medicamentos de canabinóides:

– Ansiedades;
– Depressão;
– Insônia;
– Cefaleia;
– Síndrome do estresse pós-traumático;
– Síndrome do intestino irritável;
– Síndrome de Ehlers-Danlos;
– Artrite;
– Dor;
– Fibromialgia;
– Lúpus;
– Espasticidade;
– Osteoporose;
– Alzheimer;
– Parkinson;
– Esclerose Múltipla;
– Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA);
– Distonia;
– Caquexia.

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